Série AngularJS: Aplicação JEE com AngularJS

Olá Pessoal,

No post de hoje vamos ver como persistir os dados que estão no nosso front-end com AngularJS em uma base de dados, mas o nosso back-end é Java usando Spring, Hibernate e Jersey.

Lets go…

Starting…

Vou considerar que você já conhece Spring e Hibernate, portanto o post irá direto ao assunto. Veremos apenas como fazer com que os dados do front-end chegue ao back-end. É necessário que você tenha o Jersey no Controller do lado do Server-side. Fiz um post sobre o AngularJS e Jersey.

Antes de começar

  1. Crie um projeto webapp, de preferência com o maven;
  2. Adicione as dependências do Spring, hibernate, banco de dados, Jersey;
  3. Tenha a lib do angular no projeto ou use a versão online.

O nosso projeto

É muito simples, apenas um formulário que cadastra um customer. Veja o projeto:

angularjcustomerproject

Vou considerar que você já tem a camada de serviço DAO e application-context do Spring devidamente criados e funcionando.

Adicionando Dependência no pom.xm Jersey-Spring

<dependency>

<groupId>com.sun.jersey.contribs</groupId>

<artifactId>jersey-spring</artifactId>

<version>1.8</version>

<exclusions>

<exclusion>

<groupId>org.springframework</groupId>

<artifactId>spring</artifactId>

</exclusion>

<exclusion>

<groupId>org.springframework</groupId>

<artifactId>spring-core</artifactId>

</exclusion>

<exclusion>

<groupId>org.springframework</groupId>

<artifactId>spring-web</artifactId>

</exclusion>

<exclusion>

<groupId>org.springframework</groupId>

<artifactId>spring-beans</artifactId>

</exclusion>

<exclusion>

<groupId>org.springframework</groupId>

<artifactId>spring-context</artifactId>

</exclusion>

</exclusions>

</dependency>

Configurando o Jersey-Spring

No arquivo web.xml deixe assim:

<servlet>

<servlet-name>jersey-servlet</servlet-name>

<servlet-class>com.sun.jersey.spi.spring.container.servlet.SpringServlet</servlet-class>

<init-param>

<param-name>com.sun.jersey.config.property.packages</param-name>

<!– Aqui é o package onde vai ficar o controller –>

<param-value>com.camilolopes.jersey.services</param-value>

</init-param>

<init-param>

<param-name>com.sun.jersey.api.json.POJOMappingFeature</param-name>

<param-value>true</param-value>

</init-param>

</servlet>

Crie a classe CustomerController.java conforme a seguir:

@Controller

@Path(“/service”)

public class CustomerController {

@Autowired

@Qualifier(“customerService”)

private CustomerService customerService; //substituir pela sua classe de Service gerenciada pelo Spring

@GET

@Produces(MediaType.APPLICATION_JSON)

public List<Customer> getCustomer() {

List<Customer> list = customerService.getListCustomers();

return list;

}

@POST

@Consumes(MediaType.APPLICATION_JSON)

public void saveCustomer(Customer customer){

customerService.save(customer);

}

public CustomerService getCustomerService() {

return customerService;

}

public void setCustomerService(CustomerService customerService) {

this.customerService = customerService;

}

}

 

Se você viu o nosso post com Jersey e conhece WebService já sabe o que significa essa classe.  Em poucas palavras, é através dessa classe que o front-end e o back-end se comunicam através de um objeto JSON. Então quando o angular precisa enviar algo para o back-end ele vai precisar chamar algum serviço disponível nessa classe, e temos apenas dois: um GET e outro POST.

Criando o app.js

 

       $app = angular.module(‘app’,[‘ngResource’]);

$app.config(function($routeProvider,$httpProvider,$locationProvider){

//routes

$routeProvider.

when(‘/’,{templateUrl:’view/customers.html’,controller:customerController}).

when(‘/create’,{templateUrl:’view/form.html’,controller:customerController}).

when(‘/list’,{templateUrl:’view/customers.html’,controller:customerController}).

otherwise(

{

redirectTo:’/’

});

$httpProvider.responseInterceptors.push(function($q,$rootScope){

return function(promise){

return promise.then(function(response){

return (response);

},function(response){

$data = response.data;

$error = $data.error;

if($error && $error.text){

console.log(“ERROR: ” + $error.text);

}

else{

if(response.status=404)

console.log(“page not found”);

}

return $q.reject(response);

});

};

});

});

Esse código acima apenas cria rotas com base no que for chamado no browser. Por exemplo, se chamarmos /create vai ser carregado a página form.html e o controller  customerController que ainda vamos criar.

A outra função é, em caso de erro no response, podermos exibir um conteúdo customizado. A novidade que temos nesse arquivo é:

$app = angular.module(‘app’,[‘ngResource’]);

Lembra que nos posts anteriores passávamos [] para o segundo parâmetro do module? Agora estamos dizendo que vamos usar ng-resource para conectar a um WebService.  Adicione ao seu projeto angular-resource.js  ou use a versão online:

<script src=“http://code.angularjs.org/1.0.6/angular-resource.min.js”></script>

Criando customerController.js

Vamos agora criar o controller do angular, portanto crie um arquivo JavaScript chamado customerController.js. Não vamos organizar o projeto, pode colocar dentro de webapp mesmo:

function customerController($scope,$resource,$location){

//estamos criando um objeto e linkando com o webservice CustomerController.java

Customer = $resource(“rest/service/”);

//estamos criando uma função que carrega todos os customers.

$scope.loadAll = function(){

Customer.query(

function(data){

$scope.rows = data;

});

};

//quando chamado cria um novo customer e salva.

       $scope.newOne = function() {

var c = new Customer();

//estou atribuindo o nome digitado ao atributo do domain Customer.

c.name = $scope.nameCustomer;

c.$save();

};

}

No inicio parece estranho, mas é porque é diferente do que estamos acostumados. Coloquei a explicação em modo de comentário inline para facilitar o entendimento. Não se preocupe se no inicio se sentir desconfortável com a estrutura, também me senti, mas com o tempo fui aprendendo melhor e vendo que faz sentindo a forma que o angular trata o binding.

Criando o arquivo index.html

Vamos carregar as libs, então esse arquivo terá libs e a ng-view:

 

<html ng-app=“app”>

<head>

<meta charset=“UTF-8”>

<script src=“http://code.angularjs.org/1.0.6/angular.min.js”></script>

<script src=“app.js”></script>

<script src=“customerController.js”></script>

</head>

<body>

<a href=“#/create”>Create</a>

<a href=“#/list”>List</a>

<script src=“http://code.angularjs.org/1.0.6/angular-resource.min.js”></script>

<div ng-view></div>

</body>

</html>

Criando o form.html

<body ng-controller=“customerController”>

<h2>Register Customer</h2>

<form  name=“customerform”>

<div>

<label>Name</label>

<input name=“name” ng-model=“nameCustomer” require/> {{nameCustomer}}

</div>

<div>

<label>Phone</label>

<input name=“phone” ng-model=“phoneCustomer” /> {{phoneCustomer}}

</div>

<div>

<label>E-mail</label>

<input name=“email” ng-model=“emailCustomer” type=“email” required /> {{emailCustomer}}

</div>

<div>

<input type=“button” value=“Save” ng-click=“newOne()” ng-disabled=“customerform.$invalid”/>

</div>

</form>

</body>

 

 Criando customers.html

Aqui vamos listar os customers cadastrados

<div ng-init=“loadAll()”>

<table id=“tableData”>

<thead>

<tr>

<th>ID</th>

<td>Nome</td>

</tr>

</thead>

<tbody>

<tr ng-repeat=“row in rows”>

<td>{{row.id}}</td>

<td>{{row.name}}</td>

</tr>

</tbody>

</table>

</div>

 

Observe que temos ng-init. Essa diretiva invoca o método que carrega todos os customers.

Em seguida temos a diretiva ng-repeat que funciona como um forEach do Java rows; é a variável que criamos no customerController.js

Testando

Assumindo que seu BD está up, suba a aplicação (caso tenha criado um maven Project, apenas digite mvn tomcat:run via linha de comando):

angularjscustomerrunning

Clique no link Create

angularjscustomercreate

Observe a url e o botão save. A url tem alguma relação com as rotas que criamos? E o botão save, por que está desabilitado?

Ele está desabilitado porque fizemos isso no form.html:

<input type=“button” value=“Save” ng-click=“newOne()” ng-disabled=“customerform.$invalid”/>

Olhe para a diretiva ng-disabled. Ali estamos dizendo que se o formulário for invalid desabilite o botão. E o que é um formulário inválido? Nesse caso, se os campos que marcamos como required não estiverem preenchidos, é um form inválido. Observe que quando preencher os campos requeridos, automaticamente o botão fica habilitado:

angularjscustomerformvalid

Clique em save. Se clicar mais de uma vez acontece isso:

angularjscustomerlist

Click no link List

Poderiamos redirencionar usando $location.path(“nomeDaRota”);

Apesar de termos vários outros atributos no form, salvamos apenas o name. Mas sinta-se a vontade em praticar e salvar os demais.  Conferindo no banco:

angularjscustomerbd

Pronto. Salvando dados no BD com AngularJS, Spring, Jersey, Hibernate. Simples, não?

O projeto completo está no meu GitHub no repositório dedicado às minhas brincadeiras com angularJS: https://github.com/camilolopes/workspaceAngularJs

Sempre estarei subindo projetos novos, brincando com o framework… Se quiser acompanhar basta me seguir no github.

Enfim, espero que tenham gostado do post.

Abraços, see ya!! 

Fazendo Deploy de sua aplicação JEE no OpenShift

Olá Pessoal

O post de hoje é para quem deseja fazer deploy de sua app na nuvem e sem custo. O openShift é uma plataforma de cloud da RedHat que permite fazer isso de forma gratuita, até 1 GB de Storage. Show, heim? Nunca tinha usado o OpenShift, e daí resolvi fazer o deploy da app I4JSFDemo, que é um exemplo de uso da API I4JSF.

Lets go…

Primeiro passo

Ter uma conta no OpenShift. Abra sua conta, it is very easy.

Segundo Passo

Você precisa  gerar o SSH. Se você usa o Git com o GitHub certamente vai ter um id_rsa e id_rsa.pub  em .ssh. Portanto abra o arquivo .id_rsa.pub e deixe aberto por enquanto.

Terceiro Passo

Clique em create application e siga os passos

openshiftcreateapp

Escolha em browser by tag a opção Java. Assim teremos os servers Java:

 

openshifttagjavaappserver

No meu caso vou escolher TomCat .

Quarto Passo

Após ter criado a app vá em My Application e veja que ela está lá. Clique na setinha que está apontando para a direita e assim teremos detalhes da app. Veja:

 

openshiftgitrepo

Observe que você tem o url do repositório. Faça o clone desse repositório.

Quinto Passo

git rm -r src/ pom.xml

Assim vamos remover os arquivos default criado pelo OpenShift.

Sexto Passo

Coloque seu .war em webapps

Sétimo Passo

Faça um commit  e push

 git commit –am “my first commit openshift”  git push

Aguarde o push terminar e observe que o openshift vai fazer build da sua aplicação e o deploy. 

 

openshiftpush

 

openshiftbuildsucess

Aqui eles explicam o que acontece quando faz um push:

https://www.openshift.com/developers/deploying-and-building-applications

Outro link legal:

https://github.com/openshift/origin-server/blob/master/cartridges/openshift-origin-cartridge-jbossews/README.md

Resultado:

openshiftresultapp

 

Link da APP

http://i4jsfdemo-camilolopes.rhcloud.com/i4jsfdemo/

Conclusão

  • – Deploy muito fácil;
  • – Boa documentação;
  • – Podemos logar na aplicação via command line com o Putty por exemplo;
  • – É grátis até 1GB de Storage;

Se você pretende fazer uma POC a versão free atende bem.

No mais é isso. Espero que tenham gostado do post.

See ya!!

Abraços

Série Spring: Aplicação JEE com JSF 2.0 + Spring 3.0

 

Olá Pessoal,

No post de hoje veremos como usar Spring em nossas aplicações JEE tendo o JSF no nosso front-end. Vou considerar que você já conhece o básico e configuração de cada um dos frameworks, mas na hora de fazer a integração, veio aquela pergunta: “E agora como faço?”.

Lets go… 

Starting…

Primeiramente precisamos ter nosso ambiente de desenvolvimento pronto, para isso  você precisa ter os .jars do JSF 2.x e do Spring core 3.x.  No nosso exemplo estou usando a versão do Spring 3.2 e o JSF 2.0.9 e como IDE optei pelo STS Tools. O motivo que ele  vem com vários plugins já por default  e é uma mão  na roda.

Nossos .jars:

  • – JSF 2.X
  • – Spring 3.x
  • -commons-logging-1.1.1.jar

Note: como Servidor app estou usando o Tomcat 7.0

Garanta que você já tem tudo isso antes de começar a desenvolver.

Desenvolvimento

Agora vamos meter mão na massa. Primeiro crie um Spring template Project  na lista de opções escolha Spring Hibernate Utility Apesar que não vamos usar nada de Hibernate, o template já vem com a estrutura do projeto para web e precisamos apenas dar uns tapas para ficar como queremos, para isso o projeto vai está “quebrando” ou seja, com uma exclamação:

helloSpringJSFProject

Note: se vc já tem um projeto JEE, só vai precisar adicionar suporte ao Spring.

Note 2: você também poderia criar um JSF Project e adicionar o Spring, enfim há N possibilidades.

Vamos deletar os arquivos que veio no template que não precisamos:

hellospringjsfdelete

Agora vamos adicionar suporte ao JSF para o projeto. Basta clicar com o botão direito do mouse no projeto e escolher:

 

configurejsfhellospringproject

Na tela a seguir bastar dar ok:

jsfscreenspringhello

Adicione os .jars na pasta lib:

 

jarslibhellopspring

Crie os packages a seguir:

hellospringpackages

A nossa aplicação será bem simples, daremos um Hello para um determinado usuário que será criado quando o método getUserInformation é invocado pelo controller.

User.java

public class User {

    private String name;

    private String lastName;

    private Integer age; 

//getters/setters  omitidos

}

Criaremos uma interface para o serviço

UserService.java

public interface UserService {

    public User getUserDetails();

}

 Agora temos a implementação da interface:

@Service

public class UserServiceImpl implements UserService {

     private User user;   

    public UserServiceImpl() {

     user = new User();

     user.setName(“camilo”);

     user.setLastName(“lopes”);

     user.setAge(10);

    }

    @Override

    public User getUserDetails() {       

        return user;

    } 

}

 Antes de criarmos a classe de controller precisamos fazer umas configurações no arquivo web.xml e também criarmos o nosso arquivo de configuração do Spring. Primeiro vamos alterar o web.xml

Adicione o cara que carrega as configurações do Spring

<listener>

  <listener-class>org.springframework.web.context.ContextLoaderListener</listener-class>

 </listener>

 

Vamos dizer para ele onde pegar as configurações do Spring:

<context-param>

  <param-name>contextConfigLocation</param-name>

  <param-value>/WEB-INF/springconfiguration.xml</param-value>

 </context-param>

 Apesar que não criamos  o arquivo springconfiguration.xml , mas não há problemas algum.

E agora vamos colocar o cara que permitirá utilizar os escopos padrões de uma aplicação web

<listener>

  <listener-class>org.springframework.web.context.request.RequestContextListener

</listener-class>

 </listener>

 E assim terminamos a configuração do web.xml

Face-config.xml

E agora vamos dizer ao JSF para delegar a criação do ManagedBeans para o Spring, mas para isso vamos alterar o arquivo face-config.xml

<face-config>

<application>

  <el-resolver>org.springframework.web.jsf.el.SpringBeanFacesELResolver</el-resolver>

 </application>

</faces-config>

Criando o  arquivo de configuração do Spring

Aqui chamei meu arquivo de configuração do Spring de springconfiguration.xml e como vimos anteriormente informamos ele no web.xml para que ao iniciar aplicação o application context saiba onde e quem buscar.

hellpspringconfigurationfile

Portanto crie um arquivo .xml conforme a seguir:

<beans xmlns=“http://www.springframework.org/schema/beans”

xmlns:xsi=“http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance”

xmlns:context=“http://www.springframework.org/schema/context”

xsi:schemaLocation=“http://www.springframework.org/schema/beans

http://www.springframework.org/schema/beans/spring-beans-3.0.xsd

http://www.springframework.org/schema/context

http://www.springframework.org/schema/context/spring-context-3.0.xsd”> 

<context:component-scan base-package=“*”/> 

</beans>

 

Só isso que precisamos. 

Criando a classe controller

UserController.java

@Controller

@Scope(“request”)

public class UserController {

    @Autowired

    private UserService userServ; 

    public User getUserInformation(){       

        return userServ.getUserDetails();

    }

    public void setUserServ(final UserService userServ) {

        this.userServ = userServ;

    }

}

Se você já conhece o Spring nada de especial aqui, apenas trocamos as anotações do JSF pela dos Spring.

Criando a página .xhtml

Vamos criar uma página home.xhtml que terá o código JSF. Para isso crie uma .xhtml withou facets.

E no body da página adiicone:

Hello <h:outputText value=“#{userController.userInformation.name}” />

 Agora clique com o botão direito do mouse no projeto e escolha Run On Server e o resultado será:

<img hellospringresultado>

Acessando http://localhost:8080/nomedoprojet/home.jsf

Note: lembrando que para dar suporte .jsf você precisa dizer isso no web.xml, assim:

<servlet-mapping>

  <servlet-name>Faces Servlet</servlet-name>

  <url-pattern>*.jsf</url-pattern>

 </servlet-mapping>

 

Pronto. Agora temos o nosso projeto JEE integrado com o Spring e tirar todo o beneficio que o framework nos traz. Simples não?

Abraços, 

Criando WebServices Java 6

Olá pessoa­­­l,

Preparei este post para quem quer começar a brincar com WebService. Fiz três posts: um “hello world”, outro onde veremos como criar um cliente para consumir o serviço e por último criar um WebService envolvendo banco de dados que será consumido. Usaremos alguns recursos do Java 6 para criar e publicar um WebService.  Eu espero que vocês gostem da série. O objetivo maior é poder compartilhar o conhecimento com quem está chegando, eu tive dificuldades no inicio de juntar todo quebra-cabeça e ver uma simples mensagem. Nem sempre é fácil quando estamos dando os primeiros passos e o objetivo do post é ajudar quem está nesse contexto. Enfim, teremos uma pequena jornada nas próximas semanas.

Lets GO…

WebService

Não vou falar sobre o que é um WebService, pois há vários artigos, posts em blog, Wikipedia explicando exatamente o proposto da tecnologia, o post aqui tem foco de ser prático, ou seja, algo mão na massa, e vou considerar que você já leu sobre o assunto, porém agora quer ver a coisa funcionado. Eu não sou muito bom de teoria, e vou darei um exemplo bem alto nível somente para tentar exemplificar o que é um WebService, caso você tenha dúvida do conceito (eu particularmente quando li o sobre o assunto pela primeira fiquei meio perdido).  Imagine a Amazon (é o servidor) e você é um cliente da Amazon como fornecedor. Você tem uma livraria em parceria com Amazon, porém a aplicação que controla os livros que você tem na sua livraria é diferente do sistema de controle da Amazon, porém você gostaria de realizar uma pesquisa no “banco” da Amazon e poder efetuar compras de livros como fornecedor quando não tivesse o exemplar na livraria fisicamente, como fazer isso a partir da sua aplicação? Através de um WebService. A Amazon disponibiliza esse serviço de consultar e comprar livros como fornecedor e vc como consumidor vai pegar esse serviço e incorporar ao seu sistema, sem precisar adaptar seu sistema (mudar linguagem, banco etc) para nada especifico da Amazon. Supondo que seu sistema é em .NET e o da Amazon em Java, isso pouco importa via WebServices.

Por que Java 6?

No Java 6 foi adicionado anotações que permitem, definimos se a nossa classe é um WebService e quais métodos queremos publicar. Além de outras anotações relacionadas. E isso nos ajuda a criar e publicar um WebService sem precisar de um container (TomCat,Jetty etc). É isso mesmo, vc não vai precisar instalar um desses servidores para criar e testar seus webservices durante desenvolvimento. Evidente que essa forma não vai substitui os benefícios que temos ao usar um servidor de aplicação.  Mas, é uma mão durante o desenvolvimento.

Nosso exemplo

No nosso exemplo vamos fazer um  Hello World + <nomepassado> ou seja, “Hello World Camilo”. É algo muito simples, mas para quem está iniciando é uma felicidade em ver as coisas funcionando mesma que seja com uma mensagem tão tradicional como a nossa.

O que você precisa saber antes de começar:

É importante que você conheça os termos abaixo:

SEI Service Endpoint Interface: temos a interface com as operações (métodos) do webservice

SIB Service Implementation Bean: representa a classe que implementa a interface. Este sempre tem um link através da anotação @WebService para o SEI, ou seja, o endPoint.

WSDL: é um contrato entre o meu serviço com os mais consumidores

SOAP: é um protocolo usado na criação WS

Comando wsimport: usado pelo consumidor, ou seja, pelo cliente que vai usar o webservice. Esse comando tem a responsabilidade de criar o cliente webservice para o webservice (estranho mais é isso que acontece na pratica)

Comando apt: gera o javaws(pacote/package) para o publish do serviço.

apt:<caminho da classe WebService>

@WebService = é sinal que temos um SEI

@WebMethod = é sinal que cada método é uma operação do service

Praticando

Neste primeiro exemplo veremos como criar um WebServices e publicá-lo para que terceiros possa consumir o serviço que disponibilizamos:

  1. Crie um projeto no Eclipse JavaApplication
  2. criamos os três packages: 1 para colocar a classe que é responsável por publicar o webservice, outra para ter a interface (SEI) e mais um para a classe que implementada a interface (SIB).

Interface SEI

Vamos criar a nossa interface que terá dois métodos a serem implementados pela classe que estará no package SIB. Onde o objetivo é dar boas vindas ao usuário em dois idiomas: inglês e português. O código deve ficar assim:

@WebService

public interface Welcome {

@WebMethod

String welcomePt(String nome);

@WebMethod

String welcomeEn(String nome);

}

SIB – Classe que implementa a interface

Vamos criar a classe que tem a responsabilidade dá “colocar” carne no esqueleto. Vale lembrar que poderíamos fazer isso tudo em uma classe sem o uso da interface etc. Mas, por boas praticas de desenvolvimento fizemos assim.

import javax.jws.WebService;

import br.com.camilolopes.ws.sei.Welcome;

@WebService(endpointInterface=”br.com.camilolopes.ws.sei.Welcome”)

public class WelcomeImpl implements Welcome {

@Override

public String welcomePt(String nome) {

// TODO Auto-generated method stub

return “Olá “+ nome;

}

@Override

public String welcomeEn(String nome) {

// TODO Auto-generated method stub

return “Hello ” +nome;

}}

Anotação @WebService na classe é necessário fazer, pois precisamos indicar o endPointInterface que nesse caso é a nossa classe que colocamos no package xx.sib

Publicando o Serviço

Para publicarmos é muito simples. Criaremos uma classe responsável, como a seguir:

public class WelcomePublish {

public static void main(String[] args) {

Endpoint.publish(“http://localhost:9876/welcome”, new WelcomeImpl());

}}

No código acima estamos informando onde será publicado o serviço: endereço (localhost) e a porta (9876). Depois informamos à classe que tem a implementação do serviço. É o mesmo que dizer: publique neste endereço, o que temos na classe WelcomeImpl.Na pratica é isso que acontece.

Note: cuidado com a porta se estiver ocupada veja qual o processo está usando e finalize. Normalmente a porta acima está disponível. Depois que terminar de publicar seu serviço e quiser subir outro na mesma porta, vá ao gerenciador de tarefa e mate o process javaws, ele será o que o seu webservice estava usando ou pare sua aplicação via Eclipse.

Testando o Serviço

Para testarmos se o nosso serviço está funcionando, vamos publicá-lo executando a classe WelcomePublish. Ao rodar a classe devemos ter a imagem a seguir no console:

Verificando serviço publicado

Para verificar o serviço, vamos acessar usando o browser e obter o wsdl. Certifique que a classe WelcomePublish está rodando e acesse: http://localhost:9876/welcome?wsdl . Já temos o serviço publicado, e agora qualquer outra pessoa pode criar o cliente e consumir. Acesse o link e veja o resultado :).

Acho que por hoje é só isso, no próximo vamos conhecer a SOAPUI e como criar um cliente para consumir esse serviço.Não se preocupe por agora como será consumido e sim entender a base de WebService e praticar um pouco mais.

Abraços,  espero que tenham gostado. See ya!!

Throubleshooting: Tomcat Listener not found

Olá Pessoal, 

Mais um throubleshooting do dia. Não é muito difícil passar por essa quando estamos usando o eclipse. Se vc usa o maven ou adiciona as bibliotecas na mão, pode cair no contexto a seguir. Vamos ver. 

Contexto 

Tudo preparado já no seu projeto e vc resolve executar no servidor somente para ver o “hello world”. E daí, o que acontece? 

GRAVE: Error configuring application listener of class com.sun.faces.config.ConfigureListener

java.lang.ClassNotFoundException: com.sun.faces.config.ConfigureListener 

 

Mas qual o motivo? 

Simples! Mesmo vc adicionando as dependências de lib ao seu projeto, quando vc faz um deploy o tomcat busca as libs na pasta lib do projeto, isso é o correto, certo? Mas o Eclipse não copia os arquivos automaticamente para o lib. E o tomcat, ao chegar lá não vai achar aquelas libs externas que precisa, como a do JSF, primefaces, richfaces etc. No caso dos componentes JSF, ele apenas não é exibido no browser, mas a do JSF por exemplo, ele da error 404 not found.

Solução

Essa é difícil. Copiar os .jars  para a pasta lib do projeto e pronto. Você pode fazer essa cópia automática, dizendo ao maven para colocar as libs já no diretório lib do projeto. Daí é só ver na documentação. 

Abracos, vou ficando por aqui. Espero que estejam curtindo os posts de thoubleshooting.

See ya!!