Scrum:Reunião de Planejamento Sprint

Olá Pessoal,

Vamos para mais um post da nossa série Agile/Scrum. Hoje veremos o que acontece na reunião de planejamento, umas das reuniões mais importantes de um projeto Agile com Scrum.

Lets GO…

Note: somente para ter certeza que você sabe o que é um Sprint, abaixo coloquei a diferença entre Sprint e product backlog , é comum para quem está chegando agora, fazer confusão entre um e outro.

Sprint: quando falamos reunião para o Sprint ou o famoso Sprint Planning, estamos dizendo: “bem vamos planejar o nosso trabalho, para não ficarmos coçando”.

Product Backlog(PB): Aqui não é um planejamento oficial, mas é feito normalmente pelo PO e o ScrumMaster, depende mais do PO, pois é ele que vai montar o PB.

Reunião de Planejamento

Chegou o dia da reunião de planejamento, onde é um momento bastante crítico e o mais importante, pois é dai que vai sair todo o trabalho para a Sprint que inicia amanhã e também saberemos o que será feito e quando devemos entregar. O resultado do encontro de planejamento do Sprint deve ter:

  • Um objetivo do Sprint (o que pretendemos entregar?);
  • Os membros da equipe (quem vai trabalhar conosco? Quantos profissionais eu tenho? Todos full time?)
  • Um backlog para o Sprint (uma lista de estórias do Sprint que vem do product backlog)
  • Data de apresentação do Sprint (a demo do que está sendo entregue)
  • Data e local das reuniões diárias (daily scrum, recomendado sempre manter o mesmo local e horário)

É nessa reunião que o time faz as estimativas com os itens priorizados pelo PO. Então o time pega o primeiro item que está no product backlog e analisa, se tiver pergunta para o PO, o que ele quis dizer com o ponto X na story, a hora é essa.

Como saber quantos pontos uma story vai receber na estimativa?

Pontos = Nro pessoas * dias

Ex.: 2 * 5 = 10 pontos.

Então estou dizendo que se eu tiver duas pessoas trabalhando na primeira estória do product backlog por 5 dias, isso custará 10 pontos. O importante é não estimar em horas, e sim em dias, o motivo é que sabemos que não trabalhamos 8hr com 100% de foco, paramos para ver o nosso e-mail pessoal, tomar um café, visitar as redes sociais etc. A pergunta que deve ser feita nesse caso é: “Zezinho, se você pegar essa história em quantos dias você entrega?” Zezinho responde: “pelo que entendi, dá para fazer em 4 dias”. Então temos o total de pontos igual 4 (pois, Camilo vai trabalhar sozinho naquela estória).

Algumas equipes usam fibonacci para estimativa da estória(estimate story). Eu gosto dessa forma, assim eu consigo estimar comparando com outras stories. Usar a idéia de planning poker é boa, assim buscamos garantir que cada um fez as estimativas sem sofrer influência da estimativa de outros colegas.

Planning Poker

É uma técnica utilizada em times Ágeis com o objetivo de evitar opiniões por senso comum nas estimativas. Mas se as equipes estão longe geograficamente? Dai os membros remotos enviam suas estimativas via chat privado para o ScrumMaster.

Como funciona?

*se puder compre o baralho Agile, do contrário use os dedos. ; )

A pessoa que apresentar o menor número deve explicar porque é fácil e o que apresentar o maior número deve explicar o porquê é difícil. A jogada só termina quando o time entra em um consenso.

Por hoje está bom, nos próximos post falarei da importância do PO no planejamento do Sprint e o que fazer quando chegar no fim do planejamento do Sprint.

Espero que tenham gostado do post.

Abraços, see ya!!

Scrum: Preparando para planejar o Sprint

Olá Pessoal,

Mais um post curto da série Agile/Scrum que tem como objetivo de apresentar no formato baby-step um pouco de Scrum para quem está chegando no mundo Agile. E hoje vou falar de como se preparar para planejar o Sprint (Sprint Planning). Como tudo na vida, é necessário planejamento para conseguirmos atingir os objetivos e com Scrum não  é diferente.

Lets GO…

Preparando para planejar o Sprint

Antes de tudo devemos garantir que o product backlog esteja organizado (com as prioridades já definidas pelo product owner(PO)) e fechado (já com os devidos requisitos)antes da reunião de planejamento do Sprint. Em outras palavras o PO já deve ter a pilha de item que ele deseja para release, priorizado pelo nível deimportância. Se o PO não sabe como escrever as estórias o ScrumMaster deve escrever ou ensinar ao PO como escrever. Alguns times ágeis decidem convocar toda equipe para essa fase enquanto outros times deixam como opcional e prefere que o PO e SM conversem e traga os trabalhos para a reunião de planejamento.Enfim, fica à criterio da equipe.

Aqui alguns pontos que devemos considerar quando estamos nos preparando para planejar o Sprint:

  • Saber o nível de importância do que temos no product backlog, pois os pontos só são usados para classificar o item com mais importância e não o quão importante. Se criar um web service via soap tem 25 pontos e criar página de login tem 50 pontos, isso não quer dizer que criar página de login tem a importância duas vezes maior que criar um web service via soap. Se o valor fosse 26 ao invés de 25, o significado seria o mesmo, desde que fosse maior.
  • O product owner precisa saber o motivo pelo qual um item está na lista de backlog;

Então o que precisa estar claro sempre é:

  • Outras pessoas podem adicionar estórias ao product backlog, mas não podem definir o nível de importância, só o product owner;
  • Os prazos é uma tarefa exclusiva que só a equipe pode definir;
  • O Sprint backlog não é fechado, de acordo com o ritmo do time, caso sobre tempo o PO pode adicionar mais um item ou se a equipe perceber que não vai dar para entregar tudo, pode remover um item do backlog.
  • A duração do Sprint é fixa, ou seja, não é aconselhável ter Sprint com tamanhos diferentes, onde a Sprint 1 teve 2 semanas e a Sprint 2 teve 3 semanas, isso não deve existir, pois atrapalha quando vamos tirar uma radiografia de como estamos indo. Sem falar que, para calcular as próximas Sprints fica mais difícil, já que usamos as ultimas Sprints como referência para saber a velocidade da equipe para próxima.

Por hoje é só isso, pessoal. No próximo post veremos o que acontece no dia da reunião de planejamento e a importância do Product Owner nesta reunião.

Abraços, see ya!!

Scrum:Convencendo o Cliente adotar Scrum em 5min

Olá Pessoal,

A partir de hoje estarei dando inicio a série de posts sobre Scrum focando em ajudar quem está dando os seus primeiros no mundo Agile e pretende usar o Scrum framework. Um detalhe que os posts serão curtos e focado no assunto. E neste primeiro, já podemos vê isso em prática.

lets go….

Como convencer o cliente adotar Scrum em 5 min?

Talvez seja fácil convencer um cliente adotar Scrum se você tivesse uma meeting de 1 hora com aqueles slides bonitos e efeitos de impressionar. Mas, nem sempre vivemos no mundo ideal e precisamos adaptar e atender às mudanças. Então como responderíamos a pergunta acima? O segredo é não entrar nos detalhes técnicos, e às vezes nos profissionais da área técnica tendem a ir para o que é mais confortável para nós explicar, mas não considera que o cliente normalmente não é o cara de TI e que para ele pouco importa os detalhes, o mais importante para o cliente é saber o quanto isso agrega valor para o negócio dele e porque deveria adotar. E para isso, devemos deixar o pensamento técnico de lado e traduzir para linguagem humana e compreensível por um stakeholder e atingindo nosso objetivo que é convencer o cliente adotar Scrum . Sabe aquela história que você pode dizer a mesma coisa, porém de formas diferente? É isso que fazemos aqui.

E como responder a pergunta acima sem entrar nos detalhes do framework?

Simples. Respondendo assim:

  1. Scrum é um framework Agile que permite entregar um valor de negócio mais elevado num período de tempo mais curto. (ao falar isso automaticamente o cliente pensará em ROI)
  2. Scrum permite entregar rapidamente software funcionando e de qualidade a cada duas à quatro semanas (ele pensaria, “hmm tenho feedback constante”)
  3. Você (cliente) que define as prioridades. O time se auto-organiza e determina a melhor forma de entregar as funcionalidades de maior priorização
  4. No final de cada Sprint o time apresenta para você (cliente) as funcionalidades funcionando.
  5. Então Scrum é: transparência, inspeção e adaptação.

E assim destaquei 5 importantes pontos que você pode usar e certamente fará seu cliente pensar um pouco mais sobre o Scrum e daí quem sabe ele marca uma próxima reunião mais longa para discutir adoção e possivelmente virar mais um cliente?!

Vou ficando por aqui, espero que tenham gostado do post.

Abraços, see ya !

TDD:O seu primeiro TDD em Java

olá Pessoal,

Mais um post da śerie Agiile.Hoje veremos como escrever o seu primeiro TDD em Java (não é “o meu…”, pq este já fiz rs ), na semana passada eu dei um overview dos principios de TDD, nessa vamos praticar da maneira mais simples de ser. No próximo post, mostrarei como faço TDD hoje, após de algumas  “aulas” com o Kent Beck e o dia-dia fui aprimorando.Mas, não poderia de fazer um post para quem está no 0x0 do primeiro tempo :). (não sei pq,mas eu adorei a imagem que temos no inicio do post, passo horas olhando pra ela hehe)

lets go…

O foco

O foco aqui é poder compartilhar com vocês  de modo prático como foi que aprendi TDD. Pois, ainda há muitos programadores que não conseguem entender o uso, ou usar no dia-dia(claro que há exceções onde TDD não se aplica ,porém quando aplicamos este  já comprovou que os resultados são indiscutíveis).

O Exemplo

Antes de tudo vou buscar ser  bem direto ao foco do post e todo o conceito TDD será deixando de lado blz? Qualquer dúvida da uma passada no primeiro post ou no velho Google.

O nosso exemplo é o algo muito comum e escolhi ele, porque eu lembro como se fosse hoje, que  foi a partir dele que o mundo Agile marcou minha vida profissional, pois foi onde conseguir a dar meus primeiros passos ao desenvovimento guiado por testes.Sendo assim,resolvi usá-lo aqui no post. (não é nada chique, desde da faculdade, o que mais vemos é algo como RG, CPF, Locadora ,Estoque etc). Porém, o objetivo aqui não é saber se você sabe validar um RG,CPF,CNPJ, Locadora  etc. E sim se consegue desenvolver usando TDD.

Não esquecer

TDD não é apenas criar unit tests e sim ter testes inteligentes, ou seja, automatizados o suficiente para gritar quando alguém quebrar alguma regra. Outro detalhe não é pq são unit tests que você escreve de qualquer forma, é code então os principios são os mesmos utilizados no código funcional(não sei porque tem gente que separa isso, até hoje não entendi o motivo), na verdade quem desenvolve utilizando TDD tem um carinho enorme com seus testes, pois sabemos da importância deles durante o desenvolvimento e na manutenção. Já vi perguntas do tipo:

– pq não coloca tudo em um teste só? (será que precisa responder o motivo?)

– o que é um bom teste? (essa foi uma boa pergunta)

Primeiro que não há receita de bolo, mas um bom teste ele sempre tem um perfil parecido, grita de forma eficiente, ou seja, não grita por qualquer coisa que mudou, só grita quando algo que ele testa de fato mudou. Qual a diferença? Muita, há testes criados que tem varias responsabilidades e isso já passa ser um problema maior. Daí algo mudou e ele falha, mas a falha daria um novo teste especifico, mas o desenvolvedor que só escreve teste por escrever ou pq é mandatório no projeto, e importante que o teste esteja lá como métrica.

Enfim, Um bom teste deve ser especifico e rápido, assim vc pode executá-lo várias vezes.Isso é algo primário que precisamos ter em mente ao construir nossos testes.

Praticando

No exemplo a seguir temos uma aplicação que faz a “validação” de um nro de uma carteira de identidade. Este é um start-up para você ficar brincando após brincando após a leitura, mas terá que ser persistente e ir mais adiante para olhar o que tem  após omuro. Se não fizer foi ai onde quase todos desistiram.

Primeiro passo

Escrevemos a classe de teste e já fizemos o teste para os possíveis RG inválido/válido.

public class RGTest extends TestCase {

private RG validarg = new RG();

publicvoid testIsValidaRG(){

assertFalse(“retorna FALSE – inválido RG”, validarg.isValidaRG(“128641011”));

assertFalse(“retorna FALSE – RG inválido”, validarg.isValidaRG(null));

assertFalse(“retorna FALSE – RG inválido”, validarg.isValidaRG(“”));

assertTrue(“retorna TRUE – RG válido”, validarg.isValidaRG(“128640-28”));

}

Se for executado vai falhar porque não temos a classe principal “RG” que precisamos implementar. A falha anterior é de compilação, caso você execute.

public class RG {

publicboolean isValidaRG(String rg){

return false;

}

Segundo Passo

Agora precisamos testar e ver se vai falhar, pela teoria deve falhar.

O motivo da falha é que o método isValidaRG(String rg) sempre retorna false, então, nosso teste não está funcionando 100%. Pois, precisamos ter um nro de RG válido.

Terceiro passo

Fazer o teste funcionar, precisamos resolver o problema de ter um RG válido, para isso precisamos alterar o método da classe principal.

public boolean isValidaRG(String rg){

if((rg== null) || (rg.length()!=11)|| (rg.isEmpty()) || rg.charAt(8)!= ‘-‘){

return false;

}

return true;}

Agora estamos validando, os nossos assertXXX da classe teste.

O Bug

O código abaixo passa no teste, observe que não há nenhuma regra validando letras, e sabemos não existe RG com letras. Precisamos criar um teste para isso. E resolver o bug

assertTrue(validarg.isValidaRG(“abcdefgh-ij”));

Quarto passo

criamos um método na classe RGTeste para testar se de fato nossa aplicação NÃO aceita letras, mas pelo resultado abaixo, vimos que aceita, uma vez que o método retorna TRUE, já que não há nada que proíba as letras na classe principal.

//criando um novo método para testar letras

publicvoid testIsValidaRGLetras(){

assertFalse(“retorna FALSE – inválido letras RG”, validarg.isValidaRG(“ABCDEFGH-IJ”));

assertFalse(“retorna FALSE – Inválido letras RG”, validarg.isValidaRG(“G3X8Xopa-22”));}

 Quinto passo

Precisamos agora alterar isso no código principal, para testar que letras não podem passar pelo metodo.

public boolean isValidaRG(String rg){

if((rg== null) || (rg.length()!=11)|| (rg.isEmpty()) || rg.charAt(8)!= ‘-‘){

return false;

}//fim do if

for (int i = 0; i < rg.length(); i++) {

if(i!=8){

char posicao = rg.charAt(i);

//senao for umdigitoretorne false

if(!Character.isDigit(posicao)){

return false;

}}

}return true;

}

Ambos testes passaram, assim sabemos que a validação de RG está correta, até agora. Porém, o que devemos observar que nessa mecânica, fomos escrevendo o nosso código com base nos resultados dos unit tests primeiro e não fazer o inverso. É obvio que falta muito trabalho ainda até termos um RG realmente válido e inválido, mas lembre-se que o básico de TDD é querer fazer a barra verde chegar o quanto antes com o menor esforço possível, é um tal de baby-step. É comum, queremos implementar logo a parte complexa do código, querendo fazer as validações possíveis etc. Mas, é ai que o terreno está propicio para nascer os bugs mais terríveis de nossa vida e só saberemos quando o cliente abrir. Encontrar bugs em modelo como waterfall não é uma tarefa fácil, não é a toa que o custo de manutenção nesse modelo é alto. Lembre-se que devemos desenvolver algo que qualquer outro desenvolvedor possa entender no menor tempo possível, e TDD possibilita isso, eu particularmente, quando pego um código feito com TDD olho primeiros os testes. Os testes sãos os guias que precisamos. :).

 Meu case

No exemplo do post vimos como usar TDD, quando iniciei meus estudos nunca parece vantagem (acho que você deve está com esse sentimento também), olhando apenas a execução e o resultado. Mas, confesso que só conseguir ver a essência de TDD em partes diferente do projeto, uma quando precisamos alterar algo, e manter os testes passando, ou quando recebia novos requisitos e tinha que implementar e criar mais testes, ai vi agilidade em pratica e ficando viciado, sem falar que todo time fica feliz, pelo tempo gasto na manutenção, TDD de fato dar contribuição dele na manutenção de software. Fora que com o tempo vamos vendo o quanto TDD ajuda na construção do nosso design. Daí passamos a ter um tal de design incremental.

Espero que tenham gostado do post, vou ficando por aqui, até o próximo post.

Abracos, see ya!!

TDD:Os principios de TDD para iniciantes

TDD

olá Pessoal,

Esse post está preparado desde de 2010, porém vinha postergando, por falta de tempo para organizá-lo. Mas felizmente chegou o dia. O objetivo que estarei compartilhando a minha experiência que venho tendo com TDD há pouco mais de um ano e confesso que cada vez que preciso fazer um novo código eu vejo que mais preciso aprender a criar meus unit tests. É inacreditável como TDD é algo bem dinâmico, a ação sempre é a mesma de escrever os testes primeiro, mas cada teste sempre traz um desafio. E isso é um estimulante dos fortes. Eu adoro isso. Sem falar que com TDD nos força a se envolver mais e mais na área de negócios, pois quanto mais entendemos mais fácil fica escrever os testes. vou apresentar alguns princípios básicos sobre TDD para quem está querendo fazer sua primeria app Java com TDD e em outro post, vamos colocar mão na massa.

Outra novidade que a partir de hoje, estarei dando inicio à série de post Agile com base em experiências  e estudos que venho adquirindo nessa longa jornada que terei com Agile. E espero através do blog ir compartilhando isso com vocês, uma vez que  que venho advogando Agile no desenvolvimento de Software ultimamente.Além deste ser  é um dos objetivos na minha carreira. Além, disso quero poder ajudar os iniciantes que tem dúvidas sobre o mundo Agile, sem falar na quantidade de siglas que no inicio é um pouco confuso para os iniciantes: TDD, Scrum, XP, DDD etc.Eu tive dificuldades, barreiras (não é que agora não tenho mais, porém são outras rs, aprendizado é base de Agile)e tentar ensinar alguma coisa para quem está precisando só de um empurrãozinho para vim fazer parte do Agile Team é algo que sempre gostei de fazer aqui no blog e não será diferente com Agile.

Espero que gostem . 🙂

Lets go…

Outros Post:

Agile

Starting…

No TDD você desenvolve os testes do software antes mesmo de desenvolver o software(eu chamo de code core). Para cada “peça” da aplicação que é construída uma série de testes são escritos ANTES do desenvolvimento para garantir que a aplicação funciona como deveria funcionar.

Na pratica, quando você termina os testes, terminou o desenvolvimento principal e está seguro que aquela classe faz o que se espera.

A crença do iniciante

Todo mundo que inicia com TDD, nos primeiros passos fala:

meu deus, que coisa mais chata e ainda dar mais trabalho, pra que diabos eu vou criar uma nova classe com metodos, se eu poderia fazer um método único( main) com todos os possíveis erros e ver no console o resultado com System.out.println!?”

Bem, eu devo confessar que pensei assim também, pois tive resistência ao uso TDD logo quando fui apresentado ao sr. TDD Master. Um dos pontos era esse:a impressão que dar mais trabalho escrevendo os métodos testes(unit tests).Isso era algo que eu não conseguia entender.

O ponto 2 era pensar nos testes e que eles fossem especificos para cada situação, era outro ponto difícil, pois não conseguia pensar que tipo de case criar, uma vez que não tinha o código core pronto.

Superação

Com persistência e coragem fui superando  o “novo ambiente”, é normal termos resistência ao que é novo, e o que motivou foi o seguinte ponto: “o mercado usa, os caras mais punks(Martin Fowler, Kent Beck, Guilherme Silveira, Paulo Silveira, Rodrigo Yoshima etc) defendem o uso, e põe em pratica, e porque eu não devo usar?Eu estou errado ou o mundo está errado? Será que eles também não tiveram os mesmos problemas?”. E daí fui em frente e virei um TDD-Viciado, não consigo mais fazer uma aplicação por mais simples que seja sem TDD, é muito bom ver o sinal de “Vermelho” e “Verde”, um dizendo que preciso fix algo e outro dizendo que o meu fix foi aprovado. E o mais divertido quando uma regra de negócio muda, quebram algum teste e aí eu sei: “mudaram o código, que regra mudou?”.

Antes de TDD

Antes de TDD, eu achava que tinha entregue um programa como foi solicitado, mas não durava muito tempo lá vinha a pilha de bugs pelo pessoal de QA, e a maioria era em algo que não implementei, ou que achei que estaria funcionando corretamente, mas na verdade não estava. Um exemplo, prático que lembro no projeto do ano passado é que o usuário esperava a partir de ação receber o CPF e acreditei que o método retornaria de fato este valor para ele, mas na verdade vinha um null e quando fui ver em algum lugar lá esqueci de passar o valor de um atributo do objeto para o método responsável.A moral aqui que para saber, tive que debugar, e isso consome tempo.

Com TDD isso ainda pode acontecer, a diferença é que o objetivo é diminuir esse risco, de quando entregarmos algo com TDD estamos seguro que estamos entregando a coisa certa com o risco menor. O problema na minha época pré-TDD é que o tempo de manutenção não era tão curto como esperado, pois eu não sabia onde estava o erro e tinha que usar o debug do eclipse até encontrar. Li em algum lugar que o “debug” deveria ser removido do Eclipse para alguns projetos. Só não lembro quem falou isso agora. hehe.

Os princípios fundamentais que devemos ter ao adotar TDD :

– escrever TESTE da implementação ANTES de escrever code core;

– escrever apenas código suficiente para o TESTE possa  se contentar com isso(controle sua anciedade);

– escrever TESTE  pequenos, testando a menor quantidade possível de código de cada vez;

– escrever TESTE rápidos(não é programar rápido e sim tests que rodem rápido, em milisegundos).

O ciclo de vida TDD(veja a imagem no inicio do post)

1.criar o teste

2.executar todos os possíveis testes e ver aplicação falhar(barra vermelha no junit);

3.escrever aplicação a ser testada;

4.executar os testes para ver se todos passarão;

5.Refatorar – refactoring;

6.executar os testes novamente e garantir que eles continuem passando(principio de refactoring)

Pq adotar?

  • necessidade de manter compatibilidade retroativa;
  • baixa cobertura de testes unitários;
  • design pouco testável

Tipos de Testes

Teste unitarios

testam apenas um componente do sistema.

  1. Ferramentas: Junit, Jmock
  2. Fundamental para prática do TDD

Testes de Integração

testam integração entre componentes que envolve dois ou mais. Ex.: classes + SGBD

Ferramentas: Junit, DBUnit

Teste de Aceitação:testam uma funcionalidade ou caso de uso e envolve vários componentes do sistema.

Ferramentas: Junit, Selenium

Pode ser usado em TDD

Consequências

  • testes podem ser feito na IDE
  • Não há necessidade de fazer um deploy da aplicação para execução dos testes ;
  • bugs são encontrados com mais facilidade e corrigidos com maior velocidade;
  • bugs comprovados por testes unitarios (barra vermelha na tela);
  • código mais estável, pois estimula um melhor design;
  • facilita a técnica de refactoring;
  • evitar o “overdesign”, ou seja, só escrever código suficiente para o teste passar ;

Pontos de Reflexão

Há pessoas que são contra ao uso de TDD, Agile etc. Dizem que isso é coisa de “pensadores” e que não existe “bala de prata”. Mas, eu não sei de onde vem o “bala de prata” e fico as vezes assustado como essas pessoas não sabem fazer interpretação. Não há lugar nenhum escrito que TDD, Scrum, XP são bala de prata. Porém,  essas pessoas deduzem isso. Hoje particularmente não discuto mais sobre o assunto com essas pessoas, simplesmente ignoro a discussão (e não à pessoa 🙂 ).

Mas, por que faço isso?

Antes, eu até tentava discutir (normal entre profissionais de TI) e mostrar que não é isso que os Agilistas tem em mente, mas era difícil e tentar mudar as pessoas é algo praticamente impossível. E um dos princípios que incorporei como Agilista foi “aprendizado” e tive que aprender, que não podemos mudar as pessoas.Depois disso vivo mais feliz, com menos discussões que não terão resultado no final.

Outro problema os bugs

Quem desenvolve com TDD sabemos que é possível desenvolver com zero bugs ou algo próximo de zero, e quando é encontrado o custo de manutenção é relativamente baixo com relação ao que já conhecemos no dia-dia. Porém, você vai encontrar alguém dizendo por ai: “Bugs fazem parte do desenvolvimento de sistemas, todo sistema tem bugs”. De novo, não estamos dizendo que um sistema não tem bug, o problema maior não é ter, e sim como resolver, daí eu pergunto quanto custa fixar um bug?

E qual o nível desse bug ou bugs?

Você já precisou parar um Sprint por causa de bugs?(a resposta para o Sim, vem logo adiante)

Então você tem um problema sério na qualidade de como o seu produto foi desenvolvido. Se você tem uma pilha de bug, que impacta o desenvolvimento, então a coisa é muito séria concorda? Pois, bloqueou todo o ciclo do produto.

Conclusões

  • colabora para o aumento da qualidade dos sistemas;
  • software cresce de forma ordenada e com qualidade design ;
  • software se adapta com mais facilidade à mudanças ;
  • Ninguém falou que Agile é a bala de prata;

Vou ficando por aqui, e espero que tenham gostado do post.

abracos see ya!